quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Queridos,

Um novo ano se aproxima. Já está a bater na porta...

A única coisa que me vem à mente nesse momento é: "O que fiz com o tempo que me foi dado? Foi bem usado ou o desperdicei?"

Que no próximo ano saibamos usá-lo, vivendo melhor e mais plenamente!!!

Felicidade e tranqüilidade a todos!

Time is the coin of your life. It is the only coin you have, and only you can determine how it will be spent. Be careful lest you let other people spend it for you.

Carl Sandburg (1878 - 1967)


quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

"It's a Wonderful Life" (de Frank Capra, 1946)




Conhecido em português como "A felicidade não se Compra", indicado para 5 Oscars, incluindo melhor filme, esse é um dos filmes que mais mexeram comigo nos últimos tempos. Conta a história de George Bailey e seus sonhos. E, como acontece com a maioria de nós, muitas vezes nossos sonhos são forçados a ficar pra trás por causa de tantas, tantas coisas... A mais importante lição que tirei desse filme é saber que não importa o que temos ou o que não temos, o que importa é o amor que damos e recebemos. Pode até parecer piegas, mas é a mais pura verdade!

"A man is never a failure when he has friends"

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Âncora



Ando navegando por entre as máscaras que criei pra mim
Navegando no mar sombrio e lúdico da minha existência
Navegando num oceano de desilusões e sonhos frustrados
Sonhos que eu mesma frustrei, por um sádico prazer

Serei obrigada a levar meu barco adiante?
Ou me permitirão ancorar?
Ancorar no meio desse mar negro-azul, sangue-verde?

Enferrujei minha âncora no cais
Esperando por um resgate doentio
Enferrujei minha âncora no cais
No cais do meu infinito desejo, da minha eterna utopia

E na utopia permaneci
Banhando meus pés nesse mar de decepções
Sangrando sozinha nesse violento rumo
Rumo? Que rumo?

Meu barco há muito se perdeu
No oceano congelante do mundo desejo

domingo, 14 de dezembro de 2008

Réquiem para meu grande amor

Poesia escrita há alguns anos:
***

Já usei todas as palavras que conheço
Em todos os meus versos infantis
Colori todos os meus desenhos sem forma
Com todas as cores que consegui inventar
Desfiz a bagunça do meu quarto
E baguncei tudo de novo
Empilhei meus sonhos um a um
E já derrubei todos no chão
Xícaras de café tomadas
Velas gastas, lâmpadas queimadas,
Frascos vazios, roupas perdidas,
Livros já lidos, lps arranhados
Móveis destruídos pelos cupins
Só restou a mim
Criança desamparada encolhida num canto qualquer
Encharcada pela goteira que essa chuva me traz
Não há luz, só a luz dos meus olhos febris
Não há vestes, só a minha alma desnuda...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ballet...



Há mais de 10 anos atrás jurei nunca mais pisar num palco novamente.
O tempo passou e fiquei batendo cabeça, tentando encontrar algum lugar onde pudesse me encaixar, me encontrar...
A vida dá milhares de voltas e numa dessas, me vi de novo num palco, dançando...
Me senti em casa novamente!
Em homenagem a esse momento libertador, deixo a todos essa bela canção de Toquinho. Em especial aos meus amigos queridos do ballet, tão responsáveis pelo meu reencontro.

Amo vocês!

A Bailarina

Um, dois, três e quatro,
Dobro a perna e dou um salto,
Viro e me viro ao revés.
E se eu cair conto até dez.

Depois, essa lenga-lenga
Toda recomeça.
Puxa vida, ora essa!
Vivo na ponta dos pés.

Quando sou criança
Viro orgulho da família:
Giro em meia ponta
Sobre minha sapatilha.

Quando sou brinquedo
Me dão corda sem parar.
Se a corda não acaba
Eu não paro de dançar.

Sem querer esnobar
Sei bem fazer um gran de car.
E pra um bom salto acontecer
Me abaixo num demi plie.

Sinto de repente
Uma sensação de orgulho
Se ao contrário de um mergulho
Pulo no ar num gran geté.

Quando estou num palco
Entre luzes a brilhar,
Eu me sinto um pássaro
A voar, voar, voar.

Toda bailarina pela vida vai levar
Sua doce sina de dançar, dançar, dançar.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Eu já passei por isso!!
=D

domingo, 9 de novembro de 2008

Contraditório

A poesia doce e mórbida desse momento
É algo tão puro quanto sombrio
Assustador e tranqüilizante
Extraordinário e simples

Andando pela vida
É tão fácil perceber a dor
Tantas diferentes dores
Tantas diferentes cores

A beleza fúnebre dessa noite me inebria
Embriaga meus sentidos
Esconde o que não quero ver

A esperança que vejo escorrer
Pela ansiedade do meu coração
Rasgando a certeza da não certeza


terça-feira, 4 de novembro de 2008

A Chuva



A chuva...
Sempre a chuva...
Sempre a me perseguir
É você que vem me afogar
Me inundar de lembranças
Você...Culpada, maldita...
Chuva de recordações mórbidas

Mas também, você...
Você, bendita...
Transformação, renovação
Quantas vezes em minha vidraça
Você escutou meus ais...
Companheira fiel, sempre fiel...
Já não sei mais o que é lágrima,
o que é gota...

O que é meu,
O que é seu...

Sou toda chuva
És toda eu!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Espelho




Quem é você?
Quem é você a me encarar no espelho?
Quem é você que intrusamente me conhece?
De quem são seus olhos grandes?
Quem é você na minha vã realidade?
Companheiramente inimiga.
Pedaço.
Metade minha.

domingo, 19 de outubro de 2008

Dolls



O diretor japoês Takeshi Kitano (maravilhoso!) intercala três histórias de amor no Japão moderno usando como contraponto o teatro de bonecos Bunraku, uma arte milenar
japonesa. Manipulados com extrema maestria, os bonecos parecem ganhar vida ao representar três trágicas histórias de amor.
Esse diretor, tão conhecido pela violência de seus filmes, na época do lançamento de Dolls foi indagado sobre o motivo de ter mudado de tema, passando de filmes de violência à histórias de amor. Takeshi Kitano responde que não existe violência maior do que a violência da alma. Afirma ainda que Dolls é o filme mais violento que já fez.

E um dos filmes mais belos de todos os tempos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Vai e Vem

A nostalgia pesa
Pesa como a noite escura
Essa saudade de tudo
Daquilo que nem quis lembrar

Tantos sonhos esmigalhados
Assassinados, exilados
Sonhos moribundos
Perdidos. Em vão.

A chuva cai.
Me traz de volta ao lugar de onde vim
Novos sonhos nascem
Tudo se refaz

Perda e ilusão
Dor e agonia
Loucura e prisão
Só uma antiga melodia

Nova canção se ouve ao longe
Aniquila a surdez amarga
Me encontro de novo
Pronta pra recomeçar


quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Nothing Else Matters

Na postagem do dia 19 de julho, comentei sobre o Apocalyptica e sua versão para algumas músicas do Metallica.
Agora, para o deleite de todos, a versão original com a letra pra todos cantarem juntos :D

So close no matter how far
Couldnt be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I dont just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

So close no matter how far
Couldnt be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I dont just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they say
Never cared for games they play
Never cared for what they do
Never cared for what they know
And I know

So close no matter how far
Couldnt be much more from the heart
Forever trusting who we are
No nothing else matters


terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Outro Lado



Mais uma que já foi publicada:
***

O que há do outro lado?
Do outro lado da rua,
Do espelho, da alma?

Outra eu?
Ou apenas a mesma do lado avesso?
O que é o avesso, afinal?

domingo, 5 de outubro de 2008

De novo



Uma das poesias já publicadas:
***

Aqui estou eu de novo
Dentro do mesmo caos que criei
Tentando arrombar as portas
Quebrar as algemas
Da vida que sabotei

Aqui estou eu de novo
Me sentindo só, esquecida
Correndo milhões de riscos
Pra manter acesa
Aquela mesma ferida

Aqui estou eu de novo
Cercada das mesmas dores
Chocando quem me conhece
Nessa doce brincadeira
De inventar milhões de amores

Aqui estou eu de novo
Me traindo de novo
Esquecendo de novo
Lembrando de novo
De novo

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Amanhã farei 30 anos.
Confesso que entrei em pânico no começo. O maior medo do tempo que passa desesperadamente apressado...
Comecei a pensar em coisas que ainda não consegui realizar.
Queria que o dia não chegasse pra que eu ainda tivesse uma saída.

Daí, mudei o foco!

E comecei a perceber coisas que tenho. Coisas pequenas que me são tão caras e preciosas...
Pequeninas conquistas diárias quase imperceptíveis!

Comecei a perceber o quanto sou feliz!

Principalmente quando lembro que a idade que a gente tem não é a idade que a gente sente!
E eu sinto que aqui dentro ainda sou uma criança bagunceira!

E nunca, nunca quero deixar de ser!

Feliz aniversário pra mim! Oba!!! :D





"We don't stop laughing because we get older. We get older because we stop laughing."

segunda-feira, 29 de setembro de 2008



"O que é a vida senão uma luta contra os trolls que habitam nosso interior?"
Henrik Ibsen
Depois de alguns meses ausente, voltei! Agora, com gás total!
:)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Ser Poeta

Poesia de fim de domingo:
***

Escrever é ter o mundo na caneta
E o impossível na cabeça
É desejar tanto, tanto
E nem saber se se deseja ou o que deseja

Ë destilar gotas de chuva
Numa tempestade de explosão
É saber tudo e não querer saber
É estar com a mente vagando no espaço infinito da imaginação

Aspirar tudo, pensar em tudo
Esquecer do nada
Ter tudo na cabeça e ser vazio
Ser vazio com o coração cheio

É uma sede
É uma fome
É um desejo interminável de desejar, de sentir, de ter,
De saber, de querer, de sonhar

Sonhar com os pés no chão
E escorregar...

sábado, 19 de julho de 2008

Apocalyptica

Eu adoro Apocalyptica!

Pra quem não sabe, Apocalyptica é uma banda finlandesa formada por violoncelistas que surgiu no cenário Metal fazendo covers de músicas do Metallica.
O primeiro álbum (de 1996) intitulado "Plays Metallica by Four Cellos" é composto somente por essas covers. A partir do segundo álbum, eles passarm a incluir covers de outras bandas de metal, como: Sepultura, Faith no More e já começaram a incluir músicas próprias.
Acho genial mesclar a selvageria do Metal (do qual sou fã desde que me entendo por gente!) com a doçura e a força da música clássica.
Eu recomendo a todos! Fãs de Metal ou não!

Pra dar uma idéia do trabalho e do talento dos caras, trago a versão pra "Nothing Else Matters" do Metallica (mais conhecida como música do meu casamento! rsrs...)

domingo, 13 de julho de 2008

Wall-e



Fui ver uma animação e acabei vendo uma das mais belas histórias de amor dos últimos tempos...

sábado, 28 de junho de 2008

Hoje


Bom, lá vai!
A primeira poesia do blog:
***

Hoje prefiro o silêncio
Hoje prefiro a escuridão
Hoje prefiro a noite
Pra enfatizar minha solidão

Hoje carrego a amargura
Hoje carrego a incerteza
Hoje carrego a urgência
Que já é toda minha natureza

Hoje escolho o pavor
Hoje escolho a agonia
Hoje escolho o teatro
Da minha eterna alegria

Hoje arranco as máscaras
Hoje arranco o entendimento
Hoje só me resta o ruído
Do meu mudo pensamento