domingo, 6 de dezembro de 2009

Memórias...

Quando eu tinha uns cinco anos de idade, comecei a sentir umas dores fortes nas pernas. Tinha dificuldade em ficar de pé por muito tempo e logo procurava um lugar pra me sentar.
Meus pais começaram a estranhar, afinal de contas, onde é que já se viu uma criança reclamar de dores nas pernas?
Fui ao médico e foi constatado que nos meus dois pés havia um osso torto...
Recomendada pelo mesmo médico, foi daí que comecei a fazer ballet, o que, surpreendentemente, foi corrigindo meu defeito ao longo dos anos.

Apesar de toda a dor que sentia nas minhas pernas, essa situação me rendeu uma das melhores lembranças que tenho de meu pai.

Lembro-me que todos os dias, mais precisamente no fim da tarde, me pai vinha com um preparado de arnica e álcool (feito por ele!) e me dava massagens. Acabou virando uma doce rotina: esperava que ele chegasse do trabalho, atirava as minhas pernas no colo dele e recebia o meu tratamento caseiro...
Como era bom!
Era impressionante como realmente fazia resultado!

Essa lembrança me veio à tona dia desses...
Confesso que chorei!
Me deu saudade disso tudo!

Entretanto, apesar de tantos anos, tive a certeza de que certas lembranças se tornam sagradas! Não importa o que aconteça ou quanto tempo se passe, ficam grudadas na alma para sempre. É como se fossem colocadas num altar e de lá nunca saíssem!

Acho que ele não deve fazer nem idéia disso, mas pra mim esses momentos foram inesquecíveis! Juro que um dia falo pra ele!

Ficamos, muitas vezes, presos a coisas grandiosas e esquecemos daquelas pequenas coisas do nosso cotidiano que realmente fazem toda a diferença...

Que consigamos sempre manter vivas as belas memórias e enterrar as nossas mágoas!

Falando nisso, convido vocês a participarem, respondendo: “Quais são suas mais doces memórias da infância?”

3 comentários:

Stephan Hughes disse...

Por incrível que pareça, minhas melhores memórias são das broncas da minha mãe. Era sempre durona, mas pude perceber tamanha preocupação comigo e com meu futuro como ser humano responsável e persistente na vida.

Carlos Felipe Figueiras disse...

os pezinhos lindos.

Ingrid disse...

eu gosto de lembrar do meu pai se preocupando em me levar pra tomar sorvete ao menos 1 vez na semana.
ou da minha mãe que insistia em tentar estalar meus dedos, mesmo sabendo que eu não gostava. ;)