terça-feira, 28 de julho de 2009

"Feet, why do I need them if I have wings to fly?"

Frida Kahlo (1907 - 1954)


Voemos sempre!

domingo, 26 de julho de 2009

Imaginário

Fecho os olhos e sinto
Um mundo paralelo ao meu
Como é bom poder visitá-lo
Escondendo a frustração
Dos sonhos que se foram com a força da vida...

Olhares perdidos e fechados
Rotinas mudadas
Passos invertidos
Vingança etérea

Gestos quebrados
Ao sabor do vento da angústia
Ilusões cansadas
Caladas num mundo perdido
De cores e dores
Temores e amores

Ah! Meu mundo imaginário
Alegria de minh’alma!
Ânsia de minhas entranhas
Que incham de prazer
Com um simples fechar de olhos

Ah! Como é bom habitar o infinito
O interminável
O inesgotavelmente inesgotável...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Amanhã

Lembrando de uma noite magicamente inesquecível, fiz esse pequeno poema...
***

Amanhã.
Amanhã tudo pode ser diferente.
Novo. Inédito.
Tenho que guardar cada milímetro dessa noite.
Pode ser a noite do início da minha vida.
Corro logo.
Tenho pressa.
Amanhã já vem.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ontem todos comemoramos o Dia do Amigo.
Quero partilhar com vocês o belíssimo texto que uma amiga do peito, de guerra e que (infelizmente!)está longe me enviou.
Procurando pela autoria, vi que era de Oscar Wilde, mas como esse texto também está atribuído a outros autores, fiquei na dúvida. Portanto, me corrijam se eu estiver errada, ok?
Leiam com carinho, pois também é dedicado a vocês!

Loucos e Santos - Oscar Wilde

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

I choose my friends not by their skin or other archetype, but by the pupil.
They have to have questioning shine and unsettled tone.
I'm not interested in the good spirits or the ones with bad habits.
I'll stick with the ones that are made of me being crazy and blessed.
From them, I don't want an answer, I want to be reviewed.
I want them to bring me doubts and fears and to tolerate the worst of me.
But that only being crazy.
I want saints, so they dount doubt differences and ask for forgiveness for injustices.
I choose my friends for their clean face and their soul exposed.
I don't just want a man or a skirt, I also want his greatest happiness.
A friend that doesn't laugh together doesn't know how to cry together.
All my friends are like that, half foolish, half serious.
I don't want forseen laughter or cries full of pity.
I want serious friends, those that make reality their fountain of knowledge, but that fight to keep fantasy alive.
I don't want adult or boring friends.
I want half kids and half elderly.
Kids, so they don't forget the value of the wind blowing on their faces and elderly people so they're never in a hurry.
I have friends to know who I am.
Then seeing them as clowns and serious, crazy and saints, young and old, I will never forget that 'normalcy' is a steril and imbecil illusion.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Um dia, no carro indo para Friburgo, começamos a conversar amenidades e, assunto vai, assunto vem, surgiu a pergunta:
"Se você tivesse que lutar numa guerra, quem você gostaria que lutasse do seu lado, em quem você confiaria a sua vida?"
Após pensar um pouco, consegui lembrar de algumas pessoas que lutariam bravamente ao meu lado, me protegeriam e até arriscariam suas vidas, se fazendo de escudos por mim.
Que bom!

Hoje comemoramos o dia do amigo e essa pergunta voltou à minha mente.

Pensemos nessas pessoas! Todos nós temos pelo menos uma!
Amigos que nem sempre estão presentes, mas quando estão, são inteiros!
Amigos que são totalmente diferentes de nós, mas que são iguais no coração!
Amigos-irmãos!

Aos meus amigos queridos, meu muito obrigado!
Obrigado por lutarem comigo na batalha diária da minha vida!
Obrigado por combater na linha de frente, se ferindo antes que eu sinta qualquer coisa!
Vocês tornam a minha batalha mais fácil!
Amo vocês!


Titus Pullo e Lucius Vorenus do Rome, exemplo de amizade

No dia do amigo, deixo a mesma pergunta no ar:
"Quem você gostaria que lutasse do seu lado?"

Dedico pra vocês, uma bela música do Blackmore´s Night, "All For One"


We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!
We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll drink together
And when we drink we'll drink together, not alone!

We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!
We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll sing together
And when we sing we'll sing together, not alone!

We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!
We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fight together
And when we fight we'll fight together, not alone!

We'll fall together
And when we fall we'll fall together, not alone!
We'll fall together
And when we fall we'll fall together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fall together
And when we fall we'll fall together, not alone!
All For One, and One For All!
We'll fall together
And when we fall we'll fall together, not alone!

domingo, 19 de julho de 2009

Memória

Lembrar você me aquece o coração
Você, meu sonho perfeito...
Você, música sem tom que não conseguiu achar seu ritmo.
Você, abraço perdido no secreto da minha imaginação.
Você, carta extraviada pra não sei onde.
Você, benção em meio à maldição.
Você, salvação e perdição.
Elo perdido sem quebrar.
Você, adágio doloroso.
Você, minha utopia...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Você

Mais uma poesia da época em que ainda procurava por ele...
***

Estou preparada pra te receber
Velas, incensos e o que mais puder acender

Este é o momento, podes entrar
A porta está aberta, é só empurrar
Sou aquela criança lá no fundo
Timidamente te chamando pra brincar

Me tira dessa escuridão
Me carrega pros espaços
Não sei mais prosseguir

Segue comigo
Sem sair de mim
Me deixa saber de nenhum fim

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Bernard Cornwell



Uma surpresa extremamente agradável!

Já sabia da existência desse autor inglês, afinal sou noiva do maior fã dele aqui no Brasil, hehehe...
Mas tinha uma certa resistência, e nem sei dizer extamente o porquê disso.

Sempre prometia que leria algo dele, mas a pilha de livros nunca terminava...

Até que ele me convenceu a ler o primeiro dos livros das crônicas, "O Último Reino", usando o melhor argumento possível: "tem vikings e tem mitologia nórdica". Pronto! Sou obcecada por esses temas!

Os livros da Crônicas Saxônicas (até agora, quatro) são maravilhosos! O foco é no Reino Anglo-Saxão de Wessex, na Inglaterra, durante o reinado de Alfredo, o Grande.

Para quem gosta de História é um prato cheio. Bernard Cornwell consegue nos transportar no tempo e nos fazer participar de batalhas e eventos históricos. As descrições das batalhas, por exemplo, me traziam às lágrimas tamanha a precisão!

Essa é a primeira crônica que leio desse autor excelente.

Mas, sei que não será a única.

Leiam aqui no blog do Café, tudo sobre Cornwell e seus inúmeros livros!

A ordem dos livros das Crônicas Saxônicas até agora:







terça-feira, 14 de julho de 2009

Quero

Para os meus sobrinhos...
***

Quero um mundo sem padrões
Mundo de criança
Maçãs-do-amor , carrinhos de fricção
Bambolês, doces, pirulitos,
Carrossel, imaginação

Quero o mundo reluzindo
Nascer do sol atrás da árvore
Pássaro, borboleta, girassol

Céus e nuvens rosa-choque
Coração de morango-chocolate
Rasgando o peito em vermelho-escarlate

segunda-feira, 13 de julho de 2009

For Those About to Rock, We Salute you!!

Hoje, 13 de julho é dia mundial do rock.
Mas, eu prefiro comemorar todo dia!

Descobri o rock n’roll ainda bem pequenina, ouvindo Beatles, Creedence, Janis e outros representantes do classic rock.

Paixão fulminante! A primeira e mais antiga!

Fui crescendo e a paixão aumentando. Passei praticamente a adolescência inteira lendo sobre bandas, colecionando pastas e pastas de material, gastando todo o dinheirinho que aparecia em revistas e coisas do tipo. Hoje não tenho mais tempo e minha grana é gasta nas contas do mês. Não sou mais aquela enciclopédia do rock ambulante...

E, é claro, fui ficando mais seletiva, fazendo uma lista de favoritos que me acompanham durante a vida, minha trilha sonora pessoal.

Nada impede que eu goste de outros estilos musicais. Gosto muito de alguns, mas nenhum deles se compara ao efeito de um belo solo de guitarra, baixo e bateria!

Rock n’Roll, para mim, não é um estilo de vida. É mais! É parte de mim, de minha personalidade. Uma tatuagem invisível que carrego sempre!

Rock é terapia!
Exorcismo!
E é atemporal!

Pra exemplificar, vejam Owen, um velhinho metaleiro super rock n’roll. Se você também é um daqueles que acham que rock é só uma fase que passa, I’M SO SORRY FOR YOU! Reveja seus conceitos.


Acabei de vislumbrar meu futuro…

E, de brinde, o mestre Bruce Dickinson com Iron Maiden, a melhor/maior banda de Metal do universo, cantando “Wasted Years”:



Keep Rocking!

sábado, 11 de julho de 2009

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, Michel Gondry, 2004)

Quem nunca desejou apagar, deletar da memória todas as lembranças ruins, lembranças doídas...
Acredito que esteja entre os grandes desejos da humanidade, como voar, juventude eterna...

Entretanto, hoje, acredito que não apagaria nenhuma delas. Aprendi a valoriza-las pois sei o quanto contribuíram para o meu crescimento e me fizeram mudar em tantas coisas... Acho que sou uma pessoa melhor por causa das tantas portas na cara e socos no coração que já ganhei na vida. O único problema é que, às vezes, nos tornamos meio duros e desconfiados, como ratos acuados.

Fica difícil abrir o coração que está ferido, não é?

E é sobre esse tema que "Eternal Sunshine of a Spotless Mind" desfila. Até que ponto simplesmente "deletar" lembranças nos tornaria pessoas melhores, mais felizes...



Eu amo tanto esse filme que nem sei dizer...
E amo por tantos motivos. É lindamente escrito, com atuações viscerais, diálogos dignos de lágrimas e reflexões...

Mas o principal motivo de todos é o fato de nunca vi uma personagem tão parecida comigo, tão Rosele em nenhum filme antes.
Parecia que a personagem principal, Celementine, estava arrancando de mim as palavras e mostrando meus segredos a todos ali, naquela sessão de cinema.
Coisas que já falei e falo, pensamentos que já tive e tenho e até minhas fobias e paranóias.


Clementine

É um filme maravilhoso, com a minha musa Kate Winslet e Jim Carrey, numa atuação que em nada lembra as caretas forçadas, me surpreendendo.
Quando saí do cinema, após a sessão, estava estática! Uma obra-prima!!

Agora só em dvd, mas não deixem de ver!

Para vocês, um dos belíssimos diálogos, talvez o meu favorito...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

"Faeries, come take me out of this dull world,
For I would ride with you upon the wind,
Run on the top of the dishevelled tide,
And dance upon the mountains like a flame."
(William Butler Yeats, "The Land of Heart's Desire," 1894)

domingo, 5 de julho de 2009

Alma de Gata

Vou usar minhas sete vidas
Pra procurar por mim
Reconstruir...
Alterar...
Reformular...
Reconstruir passo a passo
Caco por caco
Reacender cada esquecida fagulha
Alterar cada rota inalterada
km por km
Estação por estação
Reformular cada frase mal dita
Verso por verso.
Letra por letra.
Sem som.
Sem nada.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pra refletir:

quinta-feira, 2 de julho de 2009

E justo nessa semana, quando tenho pensado tanto na hipocrisia humana, me deparo com esse belo texto de Vitor Hugo:

O Sofrimento do Hipócrita

Ter mentido é ter sofrido. 0 hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. 0 odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpetuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjôo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. 0 verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se. 0 traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. 0 hipócrita é um titã-anão.