domingo, 26 de abril de 2009

Eu Chovo

Ontem chovi...
Estou chovendo...
O nublado dos meus olhos me enamora
As nuvens se chocam em sinal de guerra
Ainda choverei amanhã...
Fiz de raios, fugas
E de trovões, tempestades
E pela ignorância dos que não sabem chover...
...Vou diluviar...

sábado, 25 de abril de 2009

Neil Gaiman

Acabei de ler "The Graveyard Book", último livro de Neil Gaiman, do qual sou fã incondicional.
"The Graveyard Book" conta a história de Nobody Owens, ou Bod, que foi criado em um cemitério pelos "habitantes" do local. Apesar do tema parecer meio sombrio, é uma leitura deliciosa onde acompanhamos as aventuras e desventuras de Bod com seus amigos do cemitério e os vivos do lado de fora.
Ainda não saiu a versão em português, mas recomendo que fiquem de olho pra adquirirem seu exemplar assim que chegar. Ou, leiam no original, é claro!



Conheci Neil Gaiman através do Café, quando me emprestou Sandman no comecinho do nosso namoro. A melhor Graphic Novel de todos os tempos! (sem exagero!)
Acompanhar Morpheus (Dream), um dos sete Perpétuos (The Endless) é alucinante e sem palavras. Uma da melhores coisas que já li em toda a minha vida!


The Endless (a partir do centro, Dream, Destruction, Desire, Delirium, Despair, Death, Destiny)

Daí pra me apaixonar, foi um pulo! E passei a ler qualquer coisa que Neil Gaiman escreva ou tenha escrito.

Além de Sandman, recomendo, especialmente "American Gods".

Pra saber mais sobre esse talentoso escritor inglês, entrem no site dele. É excelente!


Neil Gaiman, praticamente um gênio!

sábado, 18 de abril de 2009

Pra Quando Você Chegar

Escrevi essa poesia há muito tempo, quando eu ainda esperava por ele...
***

Deixei a porta entreaberta
Abri as janelas
Joguei fora tudo que era dor, tudo que era velho
Limpei um a um todos os meus cômodos
Passei a limpo todos os meus rascunhos
Pra quando você chegar...

Pra quando você chegar...
Deixei tudo vazio
Deixei tudo em branco
Deixei só um espaço
Pra você me ajudar a preencher

Pra quando você chegar...
Tirei da minha parede todos os meus quadros
Queimei a agonia na fogueira da esperança
Apaguei todas as cores antigas
Pra você me ajudar a colorir tudo de novo

Pra quando você chegar...
Despi-me de todos os meus medos
Rasguei todos os meus disfarces
Arranquei todas as minhas máscaras
Pra que você me ame assim: eu!

Pra quando você chegar...
Já comecei a sorrir
Meus olhos de criança e de mulher já estão abertos
Pra você
Pra quando você chegar...

Pra quando você chegar...
Tão perdido quanto eu...
Tão imigrante quanto eu...
Deixei uma bússola no seu coração pra te guiar

Preparei a minha vida
E ficarei nessa tempestade até que você me traga o guarda-chuva
E me tire daqui...

Me fiz assim...Simples...

Pra quando você chegar...
De onde você chegar...
Como você chegar...

terça-feira, 14 de abril de 2009

You can discover what your enemy fears most by observing the means he uses to frighten you.
Eric Hoffer (1902 - 1983)

domingo, 12 de abril de 2009

Lilya 4-ever (Para Sempre Lilya)- Rússia, 2002




Na antiga União Soviética, Lilya, uma jovem de 16 anos, está muito feliz pois sua mãe se mudará para os Estados Unidos com o novo namorado. Entretanto, a mãe não a leva, abandonando-a sem dinheiro ou família num minúsculo e pobre apartamento na Estônia. Ela passa o tempo com o único amigo, um garoto de onze anos chamado Volodya. Um dia ela conhece um jovem pelo qual se apaixona e que a convence a ir com ele para a Suécia com a promessa de emprego e moradia. Entretanto, ao chegar na Suécia, Lilya aprenderá que as coisas não serão como prometido.

Vejam o trailer:

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tempo

Tempo.
Preciso voltar no tempo.
Tempo perdido.
Tempo gasto com tantas dores vãs.
O mundo lá fora.
Eu aqui dentro,
Trancada em mim.
Tenho pressa.
Muita pressa.
Preciso aprender a viver.
Preciso aprender.
Aprender a secar as lágrimas.
Aprender a abrir o sorriso.
E abrir meu peito pra vida que vem.
Vejo pôr do sol.
Uma estrada vazia.
Solidão.
Liberdade.
O vento sopra. Não preciso de mais nada.
Sou criança de novo.
Sou livre.
Feliz.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Florbela Espanca

Hoje quero homenagear Florbela Espanca. Maravilhosa poetisa portuguesa nascida em dezembro de 1894, que viveu apenas 36 anos, tendo cometido suicídio em seu aniversário no ano de 1930.
Ler Florbela Espanca me enche o coração de doce melancolia. Me emociono profundamente cada vez que novamente leio suas poesias. Ela parece conhecer-me intimamente e é uma grande fonte inspiradora.
Para saber um pouco mais sobre essa mulher tão especial, clique aqui.



(...) Vou descrever-lhe desde já o meu péssimo caráter: sou triste, imensamente triste, duma tristeza amarga e doentia que a mim própria me faz rir às vezes. É só disto que eu rio, e aqui tem V. Exa. no meu caráter uma sombra negra, enorme, medonha: a hipocrisia!... Porque eu pareço alegre e toda a gente gaba a minha... alegria! (...). Mas ainda este é o primeiro defeito; o segundo, e para o mundo virtuoso e prático é simplesmente horrível, é o sonhar, sonhar muito, olhar muito além, para longe de todos os que cantam, os que falam, os que riem!... Tenho dias em que todas as pessoas me dão a impressão de pequeninas figuras de papel sem expressão, sem vida.
(Trecho de carta de Florbela Espanca)

domingo, 5 de abril de 2009

Leia-me

Quisera eu que pudesses ler
Meus olhos, minha mente.
Sou um mistério,
Sou uma ostra,
E a pérola você não consegue descobrir.
Sou um mundo infinito.
Tenho o tudo no peito.
Tudo explode e você não vê
Os milhares de medos e mistérios que habitam aqui.
Sou vários personagens num mesmo papel.

Leia-me.

Leia-me com a alma e saberás de mim como eu mesma não sei.
E sempre haverás que ler mais um pouco.