Mais um ano se acaba. Outro se aproxima. É uma época de inevitável reflexão... Impossível não fazer um balanço do ano que se vai... Impossível não fazer aqueles milhares de planos que, sabemos, provavelmente não se realizarão... Aprendi uma coisa: quando planejamos demais, acabamos nos fechando pra todas as oportunidades que surgem, caso sejam diferentes do planejado. Por isso meu desejo de Ano Novo é: viver em plenitude, abrir o coração e a mente pra poder receber as surpresas da vida!
Desejo a vocês todos muito AMOR e muita TRANQUILIDADE!
Que estejamos sempre cercados de pessoas que nos queiram bem e que torçam por nós!
Fim de semana passado, fiz a minha segunda apresentação desde que voltei ao Ballet. Meu debut foi ano passado e até comentei aqui.
Depois de um ano, muito trabalho...
Esforço, correria, pés cansados, rolos e rolos de espradrapo gastos...
Lágrimas e risos... Frustração e Progresso...
Realmente, um turbilhão de emoções dentro do meu peito!
Lá estava eu de novo... No palco...Dançando... Dançando... Dançando...
E como eu estava feliz!
Aliás, quem dança é mais feliz!
Coincidência ou não, achei esse texto dias atrás... Leiam...
"Eu louvo a dança, pois ela libera o homem do peso das coisas, unindo universos em comunidade... Eu louvo a dança que requer muito empenho, que fortalece a saúde, o espírito iluminado e transmite uma alma alada. Dança é mudança de espaço, do tempo, do perigo contínuo de dissolver-se e tornar-se somente cérebro, vontade e sentimento. A dança requer o homem libertado, ondulado no equilíbrio das coisas. Por isso eu louvo a dança. A dança exige o homem todo ancorado em seu centro para que não se tome pelos seus desejos desregrados, possessos de pessoas e coisas e arrancá-lo da demonia de viver trancado em si mesmo. Ó homem, aprende a dançar! Caso contrário, os anjos do céu não saberão o que fazer contigo." (Santo Agostinho)
Para Luciana Moreira, por ter acreditado em mim...
Encontrei esse texto num marcador de livros antigo. Achei maravilhoso! Para todos os aficcionados por livros que, como eu, acham que nenhuma tecnologia será capaz de substituí-los!
Assim como as pessoas, os livros nascem. Assim como as pessoas, são descobertos. E tantas vezes enquanto houver gente procurando descobrir. Os livros, como as pessoas, envelhecem. Têm manchas de idade, dobras, marcas de expressão. Assim como as pessoas, os livros são abandonados. E também, quando reencontrados, capazes de serem amados novamente. Os livros, como as pessoas, podem até ser interpretados de maneiras diferentes, mesmo contando exatamente a mesma coisa. Talvez seja por isso que os livros se ocupem sempre em contar histórias da vida da gente. Por serem tão parecidas com as deles. Na verdade, os livros e as pessoas diferem em apenas um ponto: o final. Porque, ao contrário da gente, um livro nunca morre.
Quando eu tinha uns cinco anos de idade, comecei a sentir umas dores fortes nas pernas. Tinha dificuldade em ficar de pé por muito tempo e logo procurava um lugar pra me sentar. Meus pais começaram a estranhar, afinal de contas, onde é que já se viu uma criança reclamar de dores nas pernas? Fui ao médico e foi constatado que nos meus dois pés havia um osso torto... Recomendada pelo mesmo médico, foi daí que comecei a fazer ballet, o que, surpreendentemente, foi corrigindo meu defeito ao longo dos anos.
Apesar de toda a dor que sentia nas minhas pernas, essa situação me rendeu uma das melhores lembranças que tenho de meu pai.
Lembro-me que todos os dias, mais precisamente no fim da tarde, me pai vinha com um preparado de arnica e álcool (feito por ele!) e me dava massagens. Acabou virando uma doce rotina: esperava que ele chegasse do trabalho, atirava as minhas pernas no colo dele e recebia o meu tratamento caseiro... Como era bom! Era impressionante como realmente fazia resultado!
Essa lembrança me veio à tona dia desses... Confesso que chorei! Me deu saudade disso tudo!
Entretanto, apesar de tantos anos, tive a certeza de que certas lembranças se tornam sagradas! Não importa o que aconteça ou quanto tempo se passe, ficam grudadas na alma para sempre. É como se fossem colocadas num altar e de lá nunca saíssem!
Acho que ele não deve fazer nem idéia disso, mas pra mim esses momentos foram inesquecíveis! Juro que um dia falo pra ele!
Ficamos, muitas vezes, presos a coisas grandiosas e esquecemos daquelas pequenas coisas do nosso cotidiano que realmente fazem toda a diferença...
Que consigamos sempre manter vivas as belas memórias e enterrar as nossas mágoas!
Falando nisso, convido vocês a participarem, respondendo: “Quais são suas mais doces memórias da infância?”
Em Moscou, no dia 11 de novembro de 1821, nascia Fyodor Dostoyevsky, um de meus escritores favoritos.
Quero homenagear este escritor maravilhoso, autor de obras extremamente densas, retratando a sociedade russa do século 19.
Um dos maiores escritores europeus, Dostoyevsky soube explorar o ser humano como ninguém, expondo o lado sombrio, escuro ou por vezes mundano que cada um de nós carrega. Por isso é considerado por muitos críticos como um dos maiores psicólogos da literatura mundial.
Eu adoro Dostoyevsky! Ainda não li todas as suas obras, mas as que li já foram o suficiente para me tornar apaixonada leitora.
Recomendo a todos os fãs de literatura!
Parabéns, Fyodor Dostoyevsky, seu legado literário viverá para sempre!
(Dostoyevsky por Konstantin Vasiliev, 1976)
"The cleverest of all, in my opinion, is the man who calls himself a fool at least once a month."
Estou de volta ao blog depois de uma pausa maior do que gostaria. Testemunhei injustiças contra pessoas que amo que me bloquearam o ânimo de escrever... Mas, apesar disso, não foi um tempo ocioso ou improdutivo. Foi um tempo de decisões sérias que mudarão minha vida para sempre (pra melhor, é importante ressaltar!) Foi um tempo de resgate de pequenos prazeres suburbanos. Tempo de brincar no quintal com meus sobrinhos e de estar com minha família...
Todos esses acontecimentos desagradáveis que presenciei me levaram a refletir sobre a cegueira humana. A cegueira da alma. Como é triste ver pessoas "inteligentes" que não conseguem e não querem enxergar um palmo diante de seus narizes. Parece-me que criam um muro intransponível ao seu redor...
Sinto pena, pois são os que mais sofrem, vivendo num mundo ilusório e irreal onde a verdade é aquela que escolhem e não a verdadeira verdade!
Meu desejo é que nossos olhos estejam sempre abertos e nossos corações sempre prontos a aceitar a verdade como ela é, mesmo que doída, pois só assim poderemos tomar as medidas necessárias para transformá-la.
Pensando nisso, me veio à mente, a música "Cry for the Moon", do Epica, que fala justamente disso: "you cannot hide yourself behind a fairytale forever and ever..."
Follow your common sense You cannot hide yourself behind a fairytale forever and ever Only by revealing the whole truth can we disclose The soul of this sick bulwark forever and ever Forever and ever
Indoctrinated minds so very often Contain sick thoughts And commit most of the evil they preach against
Don’t try to convince me with messages from God You accuse us of sins committed by yourselves It’s easy to condemn without looking in the mirror Behind the scenes opens reality
Eternal silence cries out for justice Forgiveness is not for sale Nor is the will to forget
Virginity has been stolen at very young ages And the extinguisher loses it’s immunity Morbid abuse of power in the garden of Eden Where the apple gets a youthful face
You can’t go on hiding yourself Behind old fashioned fairytales And keep washing your hands in innocence
Música linda! Um dos clipes mais lindos que já vi na vida! Atenção para o bebê cantando no útero! É emocionante! Especialmente para quem é louca pra ser mãe como eu...
Love, love is a verb Love is a doing word Fearless on my breath Gentle impulsion Shakes me makes me lighter Fearless on my breath
Teardrop on the fire Fearless on my breath
Nine night of matter Black flowers blossom Fearless on my breath Black flowers blossom Fearless on my breath
Teardrop on the fire Fearless on my breath
Water is my eye Most faithful mirror Fearless on my breath Teardrop on the fire of a confession Fearless on my breath Most faithful mirror Fearless on my breath
Teardrop on the fire Fearless on my breath
Stumbling a little Stumbling a little
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
"O covarde só ameaça quando se acha em segurança." (Goethe)
Acredito que talvez seja a profissão mais influente de todas. Os professores têm o poder de te fazer amar ou te fazer odiar uma determinada matéria, te fazem ter vontade de ir à escola ou pra lá nunca mais voltar...
Lembro de professores que me instigaram a conhecer e também aqueles que me levaram a ter bloqueios que carrego até hoje...
Hoje, como teacher, percebo que não estamos numa sala de aula apenas para passar conhecimentos teóricos. Não! É muito mais do que isso! O que me fascina é o fato de sermos multifuncionais! Quantas vezes servimos de psicólogos, conselheiros, pais e mães...
Estamos todos expostos, professores e alunos, partilhando nossas vidas e nossas experiências...
Quero agradecer de coração aos meus professores queridos de todas as épocas!
Hoje que estou no lugar de vocês, sei que não é fácil estar sempre com um sorriso nos lábios. Sei que não é fácil ficar até de madrugada preparando aula. Sei que não é fácil sair pela rua com milhares de livros nas costas o dia inteiro. Sei que não é fácil viver num país onde tantos professores não são valorizados como merecem... Por isso, oferto minha gratidão e respeito eterno!
Pra vocês, uma pequena homenagem com uma cena cássica de To Sir With Love (Ao Mestre com Carinho, de 1967)
Tenho muito orgulho em fazer parte desse grupo de pessoas que escolheram dedicar a vida e o tempo a ensinar, a doar, a partilhar...
Mais um lindíssimo filme de um de meus diretores favoritos.
A história gira em torno de um andarilho que invade casas quando os donos estão fora e que realiza pequenos serviços como pagamento pela involutária hospitalidade, troca lâmpadas, faz pequenos consertos etc. Até que numa dessas casas, encontra uma bela e sofrida mulher que, como ele, também deseja fugir de sua realidade.
Kim Ki Duk mostra, nesse filme com apenas um diálogo entre os protagonistas, que não necessitamos palavras para expressar nossos sentimentos quando estão à flor da pele. Podemos acompanhar e sentir junto todas as angústias dos personagens sem que, pra isso, seja necessário uma só palavra. Por isso, esse filme é capaz de nos dizer tanto, pela força do silêncio! Num mundo onde se fala pelos cotovelos, somos convidados a exercer a arte de silenciar...
O filme, pra mim, se trata principalmente dessa necessidade nossa de pertencer a algo, algum lugar, alguém... Ela se torna clara e explícita a cada minuto dessa obra prima da sétima arte!
De uma simplicidade, singeleza e poesia sem tamanho!
*Inspirado em uma história real... Aliás, em muitas histórias reais...
Abri a porta e decidi partir. Não fazia sentido nenhum continuar ali parada, olhando para a parede, tentando encontrar um motivo pra ficar. Duas da manhã, meu relógio marcava. Te esperei até agora...Dois dias sem notícias. Já perdi a conta de quantas xícaras de café tomei. Unhas já nem tenho mais. Minha cabeça explode em pensamentos infantis e vãos. Tenho que ir. Não te espero mais. Desse amor não levo nada. Só lembranças de um tempo agora tão irreal e fantasioso. Detalhes bons que se perderam no meio do caminho, ficaram em algum lugar, em alguma estrada. Ainda estou aqui, na portaria do prédio. O apartamento que lutamos tanto pra conseguir está lá em cima. Eu aqui embaixo. Como um prisioneiro na masmorra meus pés pesam como chumbo. Difícil me mover. Enxergar não mais consigo. Lágrimas que fogem de mim insistem em mostrar o quanto dói a alma. A única coisa que consigo ver são os carros que passam nessa nossa agitada rua, todos embaçados... Centenas, milhares de carros, menos o seu. Estou paralisada no mesmo lugar, inconscientemente, quem sabe, esperando pelo seu resgate, esperando que você apareça e me cubra com nosso edredom e me cubra de você... O relógio na esquina do metrô não mostra números. Em código, simplesmente mostra a maldita frase: “vá embora!”. Não quero! Mas tenho! Começo a correr. Primeiro, uma leve corrida. Aos poucos, o rancor, a tristeza, o medo aceleram meus passos. Corro. Alucinada, corro. De forma trôpega e embaçada, mas corro. Não sei pra onde estou indo. Vou encontrar comigo em alguma esquina, nas calçadas, nas alamedas. A vida ainda acontece lá longe. Não posso mais parar.
Não sei dizer qual a razão disso, mas sempre choro quando chega o dia três... Não é um choro triste ou melancólico. É como se fosse meu rito de passagem pessoal. Como se as lágrimas nos primeiros instantes do meu dia fizessem uma limpeza, uma faxina geral...
Preparam-me para a Renovação!
Sou muito grata pela minha vida, apesar de tudo!
Tenho muita sorte em ter tanto amor... E sentir esse amor de onde menos se espera... Num abraço, num carinho, numa singela supresa...
Agradeço as pessoas especiais da minha vida! Aquelas que estão tão pertinho de mim, aquelas que estão bem longe... Agradeço aos queridos leitores do blog, que me impulsionam a escrever sempre mais e mais!
Agradeço por estar aqui, alive and kicking!
Beijocas grandes pra todos vocês!
E como a vida é uma festa, convido a todos para dançarem a noite toda sob a luz da lua violeta...
Raise your hats and your glasses too,we will dance the whole night through, we're going back to a time we knew...Under a Violet Moon...
Ontem vimos "Tokyo!", um dos filmes participantes do Festival do Rio, uma mostra que agita a cidade.
São três pequenas histórias tendo Tóquio como pano de fundo. É um filme nos moldes de Paris Jet´aime.
A primeira história chama-se "Interior Design" (Design de Interiores), dirigida pelo ótimo Michel Gondry. Nela acompanhamos Hiroko em sua busca por um lugar ao sol, por um apartamento, emprego... E testemunhamos sua tranformação! De um surrealismo maravilhoso! Excelente fábula da vida moderna!
A segunda história chama-se "Merde" (Merda), dirigida por Léos Carax, sobre um inesperado homem que vive nos esgotos e que de vez em quando sai pra aterrorisar toda a cidade, acabando por se tornar herói/vilão nacional. Capaz de arrancar boas gargalhadas! Deliciosamente bem escrito!
A terceira história chama-se "Shaking Tokyo", dirigida por Bong Joon-ho. Acompanhamos Teruyuki, um hikikomori (pessoa que vive reclusa)há mais de dez anos e sua agonia ao ter que lidar com outro ser humano depois de tanto tempo. Ótima maneira de se refletir sobre o futuro da humanidade!
Espero que esse filme volte depois do Festival!
É uma deliciosa experiência cinematográfica que recomendo a todos!!
Sou uma criança perdida na multidão Fui deixada na rua, em meio a tempestade Lágrimas se confundem com gotas de chuva Me vejo encharcada pela solidão
Carros passam pelas ruas E eu ainda estou aqui No meio do temporal
Dias e noites passam, as estações mudam, Pessoas envelhecem, pessoas nascem E eu ainda estou aqui
Náufraga em mim Náufraga de mim...
Olho para o céu, Deixo a chuva me lavar, me invadir Perdida entre lágrimas e gotas, estendo minhas mãos Esperando pelo meu abrigo... Esperando pelo sol... Esperando... Esperando a chuva parar...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Um poema que eu adoro:
A Doença (de Manuel de Barros, 1908-1971)
Nunca morei longe do meu país. Entretanto padeço de lonjuras. Desde criança miha mãe portava essa doença. Ela que me transmitiu. Depois meu pai foi trabalhar num lugar que dava essa doença nas pessoas. Era um lugar sem nome nem vizinhos. Diziam que ali era a unha do dedão do pé do fim do mundo. A gente crescia sem ter outra casa ao lado. No lugar só constavam pássaros, árvores, o rio e seus peixes. Havia cavalos sem freios dentro dos matos cheios de borboletas nas costas. O resto era só distância. A distância seria um coisa que a gente portava no olho. E que meu pai chamava exílio.
Há algum tempo atrás, Café e eu participamos de um concurso de contos com temática futebolística do jornal O Globo. Nossos contos não foram vencedores, mas valeu por ter participado. Ele acabou de postar o conto com o qual ele concorreu, chamado "O Dono do Jogo". Eu adoro esse conto que ele escreveu em particular, por isso faço aqui minha propaganda. Não é um conto muito longo, assim que puderem leiam aqui. Tenho certeza que vocês vão gostar!
Ontem, Patrick Swayze perdeu sua batalha contra o câncer. Nunca fui assim tão fã dele, e ele como ator nem era tão bom assim, mas confesso que fiquei bem triste com sua morte, principalmente por lembrar que ele protagonizou uma das cenas que mais marcaram minha adolescência... Cena essa que nunca me canso de ver, que ainda hoje me leva às lágrimas...
Quem nunca viu Dirty Dancing? Qual menina nunca suspirou ao ver aquelas cenas de dança?
Lembro ainda, que na minha época áurea de bailarina, ficava imitando os passos do filme em frente à TV...
Adorava! E adoro ainda hoje!
Partilho minha cena favorita com vocês! Uma singela homenagem!
Um lindo momento do "Retorno do Rei", última parte da trilogia do "Senhor dos Anéis", trecho do diálogo entre Faramir e Ewoyn, quando estão se recuperando de seus ferimentos nas Casas de Cura (House of Healings), se conhecem e se apaixonam:
"Then, Eowyn of Rohan, I say to you that you are beautiful. In the valleys of our hills there are flowers fair and bright, and maidens fairer still; but neither flower nor lady have I seen till now so lovely, and so sorrowful. It may be that only a few days are left ere darkness falls upon our world, and when it comes I hope to face it steadily; but it would ease my heart if, while the Sun yet shines, I could see you still. For you and I have both passed under the wings of Shadow, and the same hand drew us back."
Nas minhas andanças pela vida pude perceber Até os mais fortes sofrem por amor Até os aparentemente mais invencíveis Choram e escondem mágoas inacabadas Solidão é mal comum Sofre o mendigo na frieza das ruas Sofre o presidiário trancafiado em seus sonhos Sofre o milionário na indecisão de suas posses Sofre a prostituta na entrega maior Sofre todo ser que respira Sofre quem tem um coração que bate Sofre você Sofro eu
Para quem quiser me entender Para quem quiser saber quem sou, Aí vai uma dica: Misture o escuro da noite e a claridade do dia Pingos de chuva fina e pedaços de tempestade A luz sensual da lua e o calor do sol A inocência de um bebê e a coragem de um guerreiro A vulnerabilidade de uma ovelha e a selvageria de um leão A certeza do amanhã e os mistérios do infinito A tranqüilidade de uma brisa e a violência de um furacão A luz de uma vela e milhares de estrelas cadentes A ilusão do poeta e a lógica do cientista Tudo o que já foi sonho e o que ainda falta sonhar...
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
"Three things in human life are important: the first is to be kind; the second is to be kind; and the third is to be kind." Henry James
Entre os dias 15 e 17 de agosto, o mundo comemora os 40 anos do maior festival de rock de todos os tempos, Woodstock. Em 1969, cerca de aproximadamente 500 mil pessoas se reuniam para 3 dias de Paz e Amor.
Como eu queria ter estado lá...
A primeira vez que vi o documentário do festival, de 1970, era ainda criança, devia ter uns 10 anos. Fascínio imediato! Foi a partir dali que tive certeza que nasci na época errada! Queria ter podido viver Woodstock na pele...
Apesar de todas as críticas em relação aos hippies, era uma época em que as pessoas realmente acreditavam no poder libertador das músicas! Isso não se pode negar!
Quando vejo ou ouço trechos do festival, com gênios como Jimi Hendrix e sua inesquecível versão do hino americano, minha musa Janis Joplin e tantas bandas singulares como Jefferson Airplane, sinto uma nostalgia, uma saudade do que não vivi... Mas, para mim, a versão de Joe Cocker para "With a little Help from my Friends" dos Beatles é o momento que mais me emociona, me faz viajar... Quero partilhá-lo com vocês:
FELIZ 40 ANOS! Que o espírito de Paz e Amor nunca morra!
Queria poder voar Rasgar o infinito espaço Cruzar os sete mares Ter a força de um dragão Explodir e amedrontar como um vulcão
Fazer meu coração entrar em erupção Vomitar todos os meus desejos Aqueles que eu mesma não desejo Aqueles que eu mesma não conheço
Pactuar com o deus Amor E juntos aniquilarmos o deus Dor
Ah! Quisera eu invadir os espaços de um coração Subir numa montanha e gritar bem alto! Um grito que todos os confins da terra escutaria E se exaltariam e exultariam...
Three Rings for the Elven-kings under the sky, Seven for the Dwarf-lords in their halls of stone, Nine for Mortal Men doomed to die, One for the Dark Lord on his dark throne In the Land of Mordor where the Shadows lie. One Ring to rule them all, One Ring to find them, One Ring to bring them all and in the darkness bind them In the Land of Mordor where the Shadows lie.
Acabei de ler a trilogia do Senhor dos Anéis. Só me lembro de uma palavra para expressar minha opinião: MARAVILHOSO! Já vi os filmes um milhão de vezes e me debulho em lágrimas a cada vez.
Mas ler os livros, conhecer os meus personagens favoritos mais intimamente e ser apresentada à novos personagens que infelizmente nem são citados no filme, foi uma experiência única na minha vida. Já tinha lido "O Hobbit" há uns anos e já tinha me apaixonado pelo soberbo universo lúdico criado por Tolkien. Agora me assumo como viciada convicta! Ler Tolkien é realmente alucinante. Sentia como se pudesse tocar nos personagens. Sentia como se fosse encontrar cada um deles pela rua e com eles viver aventuras emocionantes... Ao final do último livro, comecei propositadamente a ler bem devagar, pois não queria ter que dizer adeus aos personagens que tanto me cativaram. Porém, sei que sempre lembrarei de cenas e diálogos que me levavam às lágrimas!
Tolkien é mestre!
Com vocês, "Lord of the Rings" do Blind Guardian. Uma honrosa e bela homenagem que, tristemente, não fez parte de sua trilha sonora:
There are signs on the ring Which make me feel so down There's one to enslave all rings To find them all in time And drive them into darkness Forever they'll be bound Three for the kings Of the elves high in light Nine to the mortals Which cry
I'll keep the ring full of sorrow I'll keep the ring till I die
I'll keep the ring full of sorrow I'll keep the ring till I die
Chorus: Slow down and I sail on the river Slow down and I walk to the hill (2x)
And there's no way out now
Mordor Mordor Mordor
Dark land under Sauron's spell Threatened a long time Threatened a long time
Seven rings to the dwarves In their halls made of stone Into the valley Into the valley I feel down One ring to the dark lord's hand Sitting on his throne In a land so dark Where I have to go
I'll keep the ring... (5x) Till I... Chorus (2x) (I'll Keep the ring) Chorus (2x)
Lord of the Rings
"I am glad you are here with me. Here at the end of all things"
domingo, 9 de agosto de 2009
Hoje, dia dos pais, quero homenagear o meu. Meu pai, que me ensinou o valor do trabalho. Me ensinou o que é ser bom e simples. Que entende o meu silêncio e a minha necessidade de estar sozinha às vezes... Meu pai, que eu amo tanto!
Uma música pra ele nesse dia:
"Landslide" do Fleetwood Mac, na voz de crianças do The PS22 Chorus, pois pro meu pai, sempre serei a mesma criança:
I took my love and I took it down I climbed a mountain and I turned around And I saw my reflection in the snow-covered hills 'Til the landslide brought it down
Oh, mirror in the sky, what is love? Can the child within my heart rise above? Can I sail through the changin' ocean tides? Can I handle the seasons of my life? Mmm, mmm, I don't know Mmm, mmm...
Well I've been 'fraid of changin' 'Cause I've built my life around you, But time makes you bolder, even children get older oh, I'm getting older too So...
I've been 'fraid of changin' 'Cause I've built my life around you But time makes you bolder, even children get older I'm getting older too I'm getting older too
Oh, Take my love, take it down Oh, you climb a mountain and you turn around And if you see my reflection in the snow-covered hills Well, the landslide'll bring it down Oh, and if you see my reflection in the snow-covered hills The landslide will bring it down Oh, oh, the landslide will bring it down
Cantora lírica finlandesa, ex-vocalista da banda de simphonic power metal, Nightwish. Dona de uma voz angelical, Tarja é uma de minhas maiores musas. Seu primeiro trabalho solo, My Winter Storm é de uma beleza singular. O show aqui do Rio, em 31 de agosto de 2008, foi inesquecível e mágico.
Recomendo Tarja Turunen a todos que apreciam a boa música.
Para exemplificar, um pouco de Tarja, em vários momentos:
Na época do Nightwish, com "Over the Hills and Far Away":
Na atual carreira solo, com o primeiro clipe oficial, "I Walk Alone":
Em um momento lírico, com "The Music of the Night":
Pra saber mais sobre essa diva, leiam aqui e aqui.
Com uma voz dessas, precisava ser tão bonita?
domingo, 2 de agosto de 2009
Que saudade me deu de Buenos Aires... Das empanadas e dos tangos na rua... Das caminhadas e da falta de preocupação... Das férias e dos sanduíches de miga...
Lembrando de uma noite magicamente inesquecível, fiz esse pequeno poema... ***
Amanhã. Amanhã tudo pode ser diferente. Novo. Inédito. Tenho que guardar cada milímetro dessa noite. Pode ser a noite do início da minha vida. Corro logo. Tenho pressa. Amanhã já vem.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Ontem todos comemoramos o Dia do Amigo. Quero partilhar com vocês o belíssimo texto que uma amiga do peito, de guerra e que (infelizmente!)está longe me enviou. Procurando pela autoria, vi que era de Oscar Wilde, mas como esse texto também está atribuído a outros autores, fiquei na dúvida. Portanto, me corrijam se eu estiver errada, ok? Leiam com carinho, pois também é dedicado a vocês!
Loucos e Santos - Oscar Wilde
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
I choose my friends not by their skin or other archetype, but by the pupil. They have to have questioning shine and unsettled tone. I'm not interested in the good spirits or the ones with bad habits. I'll stick with the ones that are made of me being crazy and blessed. From them, I don't want an answer, I want to be reviewed. I want them to bring me doubts and fears and to tolerate the worst of me. But that only being crazy. I want saints, so they dount doubt differences and ask for forgiveness for injustices. I choose my friends for their clean face and their soul exposed. I don't just want a man or a skirt, I also want his greatest happiness. A friend that doesn't laugh together doesn't know how to cry together. All my friends are like that, half foolish, half serious. I don't want forseen laughter or cries full of pity. I want serious friends, those that make reality their fountain of knowledge, but that fight to keep fantasy alive. I don't want adult or boring friends. I want half kids and half elderly. Kids, so they don't forget the value of the wind blowing on their faces and elderly people so they're never in a hurry. I have friends to know who I am. Then seeing them as clowns and serious, crazy and saints, young and old, I will never forget that 'normalcy' is a steril and imbecil illusion.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Um dia, no carro indo para Friburgo, começamos a conversar amenidades e, assunto vai, assunto vem, surgiu a pergunta: "Se você tivesse que lutar numa guerra, quem você gostaria que lutasse do seu lado, em quem você confiaria a sua vida?" Após pensar um pouco, consegui lembrar de algumas pessoas que lutariam bravamente ao meu lado, me protegeriam e até arriscariam suas vidas, se fazendo de escudos por mim. Que bom!
Hoje comemoramos o dia do amigo e essa pergunta voltou à minha mente.
Pensemos nessas pessoas! Todos nós temos pelo menos uma! Amigos que nem sempre estão presentes, mas quando estão, são inteiros! Amigos que são totalmente diferentes de nós, mas que são iguais no coração! Amigos-irmãos!
Aos meus amigos queridos, meu muito obrigado! Obrigado por lutarem comigo na batalha diária da minha vida! Obrigado por combater na linha de frente, se ferindo antes que eu sinta qualquer coisa! Vocês tornam a minha batalha mais fácil! Amo vocês!
Titus Pullo e Lucius Vorenus do Rome, exemplo de amizade
No dia do amigo, deixo a mesma pergunta no ar: "Quem você gostaria que lutasse do seu lado?"
Dedico pra vocês, uma bela música do Blackmore´s Night, "All For One"
We'll drink together And when we drink we'll drink together, not alone! We'll drink together And when we drink we'll drink together, not alone! All For One, and One For All! We'll drink together And when we drink we'll drink together, not alone! All For One, and One For All! We'll drink together And when we drink we'll drink together, not alone!
We'll sing together And when we sing we'll sing together, not alone! We'll sing together And when we sing we'll sing together, not alone! All For One, and One For All! We'll sing together And when we sing we'll sing together, not alone! All For One, and One For All! We'll sing together And when we sing we'll sing together, not alone!
We'll fight together And when we fight we'll fight together, not alone! We'll fight together And when we fight we'll fight together, not alone! All For One, and One For All! We'll fight together And when we fight we'll fight together, not alone! All For One, and One For All! We'll fight together And when we fight we'll fight together, not alone!
We'll fall together And when we fall we'll fall together, not alone! We'll fall together And when we fall we'll fall together, not alone! All For One, and One For All! We'll fall together And when we fall we'll fall together, not alone! All For One, and One For All! We'll fall together And when we fall we'll fall together, not alone!
Se for utilizar algum texto meu em qualquer lugar, por favor link este blog, e dê os devidos créditos. Me avise previamente em todo caso, pois terei prazer em acessar e ler seu trabalho ou site. Obrigado!